Um dos Meus Primeiros Poemas

Deixo aqui um dos meus primeiros poemas para vossa apreciação, obrigado :)


Primeira Impressão


Na solidão caminhava feliz, só comigo
Era eu e o vento, sozinhos
Era a aragem cálida e tépida
Do vento que baloiçava o arvoredo
Era a ventania que alegrava o espírito
Era o sol que irradiava timidamente…
Lembrança do nada em mim existente

Negro e belo esvoaçou um corvo
Carregando mar de desesperança, desgraça e desassossego
Notícia de amor, amor pequeno
Que meu coração bebeu e foi bebendo
Do amargo, mas doce veneno

A Solidão foi passando diante de mim
Tinha-a encontrado na fonte do desejo
Eras tu, desgraça do meu anseio

Serás sempre a graça e desgraça no meu leito




Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Contemplar o Teu OlharContemplar o Teu Olhar é mais um poema que escrevi, não faz muito tempo. Espero que gostem.

Imagem
Contemplar o teu olhar Nada na vida é mais simples Nada no mundo é mais ameno, sereno, Nada no universo é mais terno, Um momento único, feito do tamanho do mar, Quando discretamente contemplo o teu olhar! Sou feliz assim, somente a te contemplar O teu rosto da cor doce do mel, Os teus lábios entreabertos, desenhando um pequeno sorriso Sentir o perfume inebriante da tua pele, Coisas simples, que se fazem especiais e extraordinárias Como a contemplação do sol, A apreciação de uma onda do mar, o cantar breve de um roixinol Sou feliz neste pequeno Momento Que é simples, mas parece eterno, Livre de mágoas, livre de sofrimento Só tu e eu ouvindo o suspiro do vento.
Ler mais

Quando se sai por aí...

Imagem
Amores Noturnos Sombras indistintas vagueiam na escuridão Só se deixam ver por essa ocasião Entre arbustos tenebrosos, Lugares desaconselhados a medrosos. Caminham sozinhas com a sua solidão Sozinhas, sós, só naquele momento Só naquela hora, só naquela ocasião Disfarçando não viver em sofrimento. Procuram sonhos parecidos com a lua, Beleza única e rara, na negra noite. Sempre bela… mesmo quando parecida com uma foice. Amante única de sombras solitárias, Que buscam prazeres camuflados… Mas como a lua, esses sonhos não são achados São apenas imaginados Buscam a vida numa noite Como se na noite houvesse vida Na noite apaziguam a alma Na noite ouvem o silêncio sereno Não há ruido, não há barulho. Na noite não se sofre, nem se ama, A noite é sua confidente, como sua dona, como sua ama! Pobres sombras… com seus sonhos Caminhantes errantes, incessantes Vivendo no mundo da ilusão Que as faz felizes, um dia sim e outro não S...
Ler mais