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A mostrar mensagens de novembro, 2015

Uma pequena dedicatória às vítimas dos atentados ocorridos em Paris 13/011/2015

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Quando a Linha do Amor se Perde Quando a linha do amor se perde Tudo é possível para provocar atos de terror Ferir contundentemente, impunemente o inocente, Tarefa fácil parece, pela força impor Ideias, leis, obras… Imersas e presas na religião Desprovidas de sentido, vazias e inúteis que matam em vão! Que habilidade e agilidade de frentismo e de fúria, Que insensibilidade perante a existência, Que deslealdade pela liberdade abafada, Que oportunismo nauseabundo pela inocência humana Justificada pela crença louca, mas fugidia Que num ato repentino e louco se termina Roubando sonhos, alma e vida! Só resta lamentar e conter o choro Compreender o impossível e o inaceitável Viver com normalidade razoável Tentar dormir na inquietude, sereno E viver no temor, sem medo!

Certos ambientes, mesmo sendo deprimentes, são origem de inspiração. Este poema é um claro exemplo...

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Manhã imperfeita Manhã inconsistente, sem alma Manhã enevoada, deprimente Manhã de propícia criação, Que com um sorriso pálido parece dar-me a mão Manhã da névoa cerrada e do frio doentio Me trespassa carne osso e sentido Manhã que parece a morte trazer E todo corpo decompor Trazendo a alma envolta em dor Da janela te contemplo, manhã inerte Como se um sonho próximo e incoerente Me consumisse… Me cessasse lentamente o pensamento, Imergindo-me num terrificante pesadelo Que partindo da dor, se tornou imensamente belo! Ai manhã putrefacta que não tens dura! Foge do sol escaldante! Foge, desaparece, esconde-te, dissolve-te! Manhã que tudo e todos desagrada Perde-te no calor da minha algibeira Fruto maduro da minha inspiração, Mesmo sendo uma manhã imperfeita, Ela habitará para sempre o meu coração!

Vamos festejar halloween com um poema terrorífico?

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Halloween Noite, de negridão espessa, com a sua lua cheia, As corujas, os sapos e as salamandras me observam, As aranhas negras peludas e viscosas me rodeiam. A bruxa maldita, com a sua verruga peluda, feia No lume infernal a água turva fedorenta faz ferver Para a minha carne lentamente amolecer, Pedaço a pedaço saborear e os beiços sujos lamber Eu impotente… na minha jaula preta, gordurenta, enferrujada… A mil e sete chaves fechada. Me despeço de mim, com o folego abafado… Da minha alma, do meu ser, da minha carne tenra; E da criança pequenina que espera como eu, Quase ao meu lado, O fim lento e amargo, desesperante e malfadado, Na esperança última de alcançar o céu! Ela olha-me, com o olho de vidro quase negro, espesso Mostra-me a língua e os podres dentes E ri-se do meu desespero Já falta pouco, a água ferve! Já falta pouco, para que me Deus me leve! Já falta pouco e o meu corpo estremece! Tudo se interrompe, de repente. P

Homenagem a um amor já perdido, mas nunca esquecido...

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Quando te vi A minha mente não conhecia o teu rosto Apenas uma subtil silhueta negra do teu corpo E dentro do meu peito já cabia a tua alma Que vizinha do meu coração vagueava, Sem saber que próxima de ti se encontrava Escondida sem se esconder, perdida e mais tarde achada Som seco na porta da sala de aulas Surpresa! Coração acelerado! Mãos entrelaçadas, suadas Mistura de sentimentos - extasiado! O impossível materializou-se, mostrou-se e apoderou-se da minha razão. Era ele! O meu pensamento vagueou pelas hipóteses imaginárias de destino… Do milagre, da inexistente causalidade! Do amor imponente, obrigatório, impaciente e ansioso “Não pode ser coincidência”, pensamento de que me arrependo E que hoje é desprovido de senso. Que alegria, que esplendor, que perfeito amor! Como aperceber-me de que era tudo ilusão? Se o meu coração se sentia em ebulição? Vazio, ansioso e faminto De um amor, de uma ternura, para me habitar o peito Ans