Homenagem a um amor já perdido, mas nunca esquecido...
Quando te vi
A minha mente não conhecia o teu rosto
Apenas uma subtil silhueta negra do teu corpo
E dentro do meu peito já cabia a tua alma
Que vizinha do meu coração vagueava,
Sem saber que próxima de ti se encontrava
Escondida sem se esconder, perdida e mais tarde achada
Som seco na porta da sala de aulas
Surpresa! Coração acelerado!
Mãos entrelaçadas, suadas
Mistura de sentimentos - extasiado!
O impossível materializou-se, mostrou-se e apoderou-se da
minha razão.
Era ele!
O meu pensamento vagueou pelas hipóteses imaginárias de
destino…
Do milagre, da inexistente causalidade!
Do amor imponente, obrigatório, impaciente e ansioso
“Não pode ser coincidência”, pensamento de que me arrependo
E que hoje é desprovido de senso.
Que alegria, que esplendor, que perfeito amor!
Como aperceber-me de que era tudo ilusão?
Se o meu coração se sentia em ebulição?
Vazio, ansioso e faminto
De um amor, de uma ternura, para me habitar o peito
Ansioso de um amor romântico e perfeito!
A minha mente vagueou longe, com a tua figura.
Que esplendor, que loucura!
Fiz promessas insanas de amor:
Serias para sempre meu amante,
Arrancar-te do meu coração - tarefa árdua,
Da minha mente – mágoa,
“Amarei-te para sempre!” Que frase de dor!
E assim fiquei… atordoado… numa eternidade…
Maravilhado pelo desconhecido e pelo sucedido,
Preso num sentimento incompreendido,
Que anos mais tarde me levou à beira do abismo!
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