Quando se sai por aí...
Amores Noturnos
Sombras indistintas vagueiam na escuridão
Só se deixam ver por essa ocasião
Entre arbustos tenebrosos,
Lugares desaconselhados a medrosos.
Caminham sozinhas com a sua solidão
Sozinhas, sós, só naquele momento
Só naquela hora, só naquela ocasião
Disfarçando não viver em sofrimento.
Procuram sonhos parecidos com a lua,
Beleza única e rara, na negra noite.
Sempre bela… mesmo quando parecida com uma foice.
Amante única de sombras solitárias,
Que buscam prazeres camuflados…
Mas como a lua, esses sonhos não são achados
São apenas imaginados
Buscam a vida numa noite
Como se na noite houvesse vida
Na noite apaziguam a alma
Na noite ouvem o silêncio sereno
Não há ruido, não há barulho.
Na noite não se sofre, nem se ama,
A noite é sua confidente, como sua dona, como sua ama!
Pobres sombras… com seus sonhos
Caminhantes errantes, incessantes
Vivendo no mundo da ilusão
Que as faz felizes, um dia sim e outro não
Sombras da noite, olhai o dia
Não lhe tenhais medo
O amor não é noite ausente
O amor espera por vós no presente
O amor não se adia…
Comentários
Enviar um comentário