Quando é que as guerras vão acabar? Quando é que o ser humano vai reconhecer o outro, como membro da sua espécie? É obrigatório que haja uma consciencialização do que somos, do que é o outro e daquilo que queremos fazer realmente na nossa vida.


Lamento

Num cantinho escuro, sem ninguém ver
Só eu, com o meu ser
Enxugo lágrimas sem querer

Não é perrice, não é pranto:
Mescla de ódio e amargura
Pelo mundo e sua desventura
Realidade inimaginável, acima do irreal
De guerras, fome e injustiça

Homens e crianças louvam um deus
Que não traz paz, nem alegria, nem alívio…
Deus inexistente, inerte, inoperante…
Que alimenta as esperanças de espíritos destruídos,
A todos aqueles que dizem ser seus filhos.

Ruas tingidas de vermelho, inundadas de ódio,
Ecos de lamentos, absorvidos por paredes destruídas,
Despedidas amargas e repentinas
Em dor e choro envolvidas…
E de fundo… o ruído funesto, de projéteis suicidas

Meu lamento também é revolto
Pelo sentimento de ambição desmedido
Pelo oportunismo obsceno
Pela utilização de um deus de criação

Usado como escudo de morte e de subjugação.







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