" O deus de Todos existente" Um poema que celebra o sol, fonte de toda a vida, senhor do nosso sistema solar.
O deus de Todos existente
Quando a alma me parece fugir do corpo abatido,
O coração me aflige com batimentos angustiados de ansiedade,
Quando as árvores despidas me envolvem na escuridão,
Iluminadas pelo fulgor ténue da lua nua
E a morte me agrava a nostalgia da saudade,
Um fio de calor me invade o corpo gélido e gasto:
É a origem da esperança, do amor, da vida e da compaixão,
Que nos momentos perdidos de derrota me estende docemente a mão
Quando os meus castelos de vidro se quebram,
Quando o tempo se dissipa sem avisar
E todos os sonhos se dissolvem como a espuma do mar,
Um ponto pequenino de calor me ajuda a recordar
Que todos viemos ao mundo para sofrer e para amar
Por muita dor, muito descontentamento e pesar
Por muito caminho pedroso e glacial a percorrer
Por muito desânimo, enfado e fúria recoltar
Nesta vida sem esperança, e tormentos sofrer
E desgraça, amargura e ingratidão tristemente assimilar
O sol, fonte de vida, inunda-me o peito e a dor aquecida me faz calmar
Astro do amor, que tudo observa
Astro do amor, que tudo aquece e apazigua
Astro da vida, que com ternura, tudo ilumina
Astro da vida, que com todos partilha a sua existência,
Chafariz inesgotável de luz e paz
Mensagem eterna de que o impossível se torna capaz!
Que triste existência seria a vida sem a tua presença
Que frio e amargo seria o meu folego
Alma negra, natureza podre e coração estagnado!
Sem Ti: morte negridão, cólera, ódio, desgraça…
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