"Desperta", um poema para tentar despertar corações
Desperta
É difícil olhar ao meu
redor.
A realidade confunde-se
entre sorrisos lúgubres,
Entre prioridades penosas
que se tornam desgostosas,
Alegrias falsas que tentam
encobrir sorrisos de terror,
Bens materiais que parecem
comprar felicidade e amor,
Propagandas fúteis, cheias
de orgulhos desastrosos
Onde se vendem sentimentos
ilusórios.
É difícil distinguir valor
de preço e preço de valor.
Quanto custa um perdão?
Quanto custa um abraço?
O que conta
verdadeiramente? O que nos preenche o espírito?
“Difícil de adivinhar,
confuso, não sei… E tu?”
O sentimento nobre
tornou-se escárnio e sem valia.
O Amor comum é despojado
de sentido
E cruelmente arremessado
ao balde esquecido do lixo.
A hipocrisia instalou-se e
tomou o poder!
O ódio passeia-se
livremente pela estrada da tranquilidade!
A violência faz parte da
nossa realidade!
A piedade, compaixão,
fraternidade… disfarçou-se de vergonha!
A traição, a dor, a
guerra, o conflito – espantosa normalidade!
Tanto avanço tecnológico,
tanto descobrimento científico,
Tanta comodidade, tanta
facilidade, para tudo fazer…
E tanto desprezo àqueles
que não têm para comer.
Tantas proezas e feitos
alcançados.
Orgulhosos de nós mesmos e
da vida que construímos,
Sem vergonha de passar, e
a miséria ignorar.
Sem vergonha do olhar
desviar…
Sem vergonha…
E, assim, com
tranquilidade existir e rezar, para durar.
Sociedade impregnada de
desonra gastada!
Onde o imundo e corrupto é
comum!
Desespero que desespera de
saltar e gritar…
“Desperta! Desperta!
Desonra as injustiças e
encontra um pedaço de coração para encher de amor…”
Comentários
Enviar um comentário